segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Depois do Oscar...

Acordar segunda-feira é difícil, ainda mais se você assistiu à entrega do Oscar até o final. Passando pelo UOL descobri despertadores que podem dificultar o ato de desligá-los, voltar a dormir e é claro, "perder a hora"...

Este só pára de tocar se você montar o quebra-cabeça...


Este outro exige a ligação dos fios certos nos locais certos...

E o terceiro atira uma hélice pelo quarto. Você tem que pegá-la se quiser silêncio!

Interessante usá-los?
Sim, pois quem "perde a hora" e um compromisso, este sim, "desperta-a-dor" em si!

O médico


A vida do “rapaz do post anterior” nunca mais havia sido a mesma. Um trocadilho havia alterado a rota de seu destino.

Sofreu muito. Chorava em praça pública e nem os pombos lhe davam trégua.
Por várias vezes comeu no Mac Donalds. Retirava a bandeja do balcão com as mãos tremendo, pois sabia que cada abocanhada lhe diminuiria a vida em alguns meses, mas mesmo assim o fazia. Ouvia músicas com “letras fáceis e repetitivas”, pois queria desesperadamente aprender a não pensar...

Mas, em um dado momento, Roberto Esquilo – antigo Robelto, o “Belto” – percebeu que, de nada adiantaria a sua lamentação e que seria muito melhor usar a desgraça a seu favor.
Tomou algumas decisões, estudou muito, prestou vestibular e passou em uma conceituada Universidade.
A partir daí estudou mais ainda. Parecia que uma força sobre-humana lhe impelia as ações. Era elogiado por quase todos os seus professores. Diziam “pelos corredores” que Roberto tinha nascido para “aquilo”.
Formou-se médico e seguiu a especialização em endocrinologia.
Mais alguns anos foram colocados e retirados das folhinhas dos calendários...

Finalmente, chegou o dia com o qual Roberto sonhou há anos: iria ser colocada a placa com seu nome em seu próprio consultório. Ele sabia que nascera para isso. Se em algum dia longínquo havia sofrido devido a um trocadilho, agora tinha certeza que iria dar a volta por cima e, usando o mesmo artifício, mudar a sua vida.
A placa foi colocada: Clínica de Emagrecimento” e os dizeres: “ Onde o quilo se transforma em ex-quilo, palavra do Dr. Esquilo!”
As pessoas passavam e riam, mas ficavam curiosas para saber como o “Esquilo” as faria ter “ex-quilo” – ou o seu plural, claro – e a clínica vivia lotada.
Passado pouco tempo, um efeito muito interessante se fez notar: vários pedidos de mudança de sobrenome começaram a aparecer no fórum da cidade. E até de profissionais em vias de se aposentar...

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Roberto ou Robelto?

Ele não gostava de seu nome. Também, fora registrado errado. Seu pai, na semana de seu nascimento, havia ficado muito resfriado e, com voz fanhosa disse ao escrivão:
- Meu filho vai se chamar “Robelto Esquilo”.
- Como, senhor? É Roberto, não é? – perguntou o escrivão.
- Robelto! – repetiu o pai.
- Bom, se é Robelto, então fica Robelto mesmo. - disse o escrivão.
E assim ficou: Robelto.
Não adiantava falar para os outros sobre sua preferência em ser chamado de Roberto. Os próprios familiares haviam se acostumado com a sonoridade de “Robelto”. E com o passar do tempo, os mais íntimos até começaram a lhe chamar de “Belto”.

A raiva contida, devida ao estranho nome que tinha, começou a se desfazer quando descobriu que seria possível mudar de nome.
Procurou um advogado e entrou com o pedido. Foi aceito e o nome corrigido.
Havia completado dezoito anos e ganhava o melhor presente de sua vida: a partir de agora passaria a se chamar Roberto Esquilo.
Não se continha em contar a novidade. Ansioso, não via a hora de encontrar alguém para declarar-se Roberto.

Até que um dia, ao dizer seu novo nome em uma roda de amigos...
- Vocês sabiam que eu mudei de nome?
- Sério, como você se chama agora? – perguntou uma garota da roda.
- Mudei meu nome para Roberto!
- Ah! Roberto, que legal! – disseram algumas pessoas.
- Mas, espere aí, seu nome não era Robelto e todos te chamavam de “Belto”? – perguntou um rapaz.
- Sim! – afirmou Roberto, o antigo Robelto.
- Ah! Entendi! Você é Roberto, o “ex-Belto”! – esbelto! – Por isso que está tão magro! Que tal ser modelo?
Todos riram.
A piada de que Roberto era “esbelto” se espalhou e ele foi até convidado para fazer propaganda de remédio para emagrecimento.