segunda-feira, 26 de fevereiro de 2007

Diálogo normalmente aceitável


Perdi minha moeda na praia e avisei o valoroso e destemido rapaz em seu tecnológico veículo.
- Acharemos a moeda, nem que isto nos custe combustível. - foi o que me disse o rapaz.
- Como achar a moeda é algo difícil, começaremos procurando areia, pois assim ficaremos entusiasmados com o sucesso inicial da busca,pois acharemos muita areia e, por consequência, teremos mais incentivo para achar a moeda que você perdeu - disse o guarda para mim sem perder o fôlego.

- Fique olhando o mar para que ele te acalme - finalizou antes de sair à cata de um punhado de areia.

- Sim, mas somente olharei para as ondas que arrebentam em desnível de queda em relação às habitações do norte da Indonésia, tudo bem? - perguntei a ele.

- Se você veio aqui para brincar, teria sido melhor pegar um peixe e alisar suas guelras enquanto o lobo não vem! - arrematou feliz.

- Tudo bem, vou colocar o ovo no porta-malas e esperar que a latitude descasque a maçã mais vermelha do supermercado que fechou na semana da queda do muro de Berlin - arrematei vitorioso.

- Pode ser, só não vá escrever isto no seu blog de madrugada depois de preparar aulas o dia inteiro e com a vinda do sono talvez dizer alguma besteira...

- Fim da transmissão! A luneta embaçou e o cachorro urinou fora do "post".

Estou terminando um texto...

Como estou meio sem tempo, resolvi ditar as minhas histórias a nobres e valorosos trabalhadores da literatura. Este é um de meus "ditosos" amigos.
Em breve a história da mulher que tinha dois maridos... aguardem!!!
É logo mais...
Não demora...
Virá em boa hora...

À espera de um post...

Queridos frequentadores deste blog: não esqueci de vocês, é que nesses últimos dias trabalhei tanto que não pude postar. Desculpem-me...

Sinto-me responsável por não ter postado.

Hã? Porquê?

Vejam o que aconteceu com o casal de namorados à espera da próxima história!!!

sábado, 17 de fevereiro de 2007

Antes de sair para viajar neste carnaval, a melhor coisa a fazer é consultar uma "Pedra de Previsão do Tempo"...

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Diferenças entre homens e mulheres

Os homens olhando-se no espelho...



Mulheres fazendo a mesma coisa...

O ignorante e o sábio



Vestibular

Há alguns anos...

Ele demorou para achá-la em meio à multidão. Ela havia descido as escadas e dirigia-se à lanchonete. Pensava em tomar um refrigerante e não mais voltar ao andar de cima, onde muitos gritavam de felicidade. A não-aprovação a deixara de tal maneira desnorteada, que informar isso a alguém, ainda que fosse para desabafar, seria algo por demais pesaroso. Preferiu manter-se calada.

Mas, de repente ele apareceu. Segurou-a levemente pelo braço assustando-a.

O choro foi quase instantâneo, em conjunto com um abraço. Era uma entrega: o largar de seu corpo nos braços do amigo, companheiro, confidente e grande amor - e isso após tanta luta. Só ele havia medido o quanto de empenho ela despendeu naquele ano.

Quem os via ao longe, imaginava um abraço apaixonado, mas era muito mais do que isso: tratava-se de uma entrega e um afeto que iria ultrapassar as barreiras do tempo e que se perpetuaria sobre muitos outros momentos, fossem eles de alegria ou tristeza.

Naquela época, eles ainda não sabiam a bonita história que escreveriam juntos e que, por sinal, ainda está em curso. A busca pela aprovação no vestibular ocupou realmente um lugar de destaque em suas vidas, mas eles sorriem ao dizer que algumas renúncias – para que ficassem juntos, por exemplo – foram bem mais trabalhosas. E piscam entre si, saboreando gostosamente o segredo e a conquista de viverem lado a lado.

Voltando do passado...

Eu acompanhei a festa maravilhosa dos alunos que conseguiram a tão almejada entrada em um curso superior. Tentar descrever o ano que viveram e a luta que travaram consigo mesmo para conseguirem esta vitória é quase impossível. Talvez a melhor medida seja contemplar a intensidade de alegria existente em seus rostos e deduzir o quanto de investimento de tempo, esforço e sacrifício existiram. Eles merecem o nosso mais sincero PARABÉNS!!!!!, pois são vencedores e aprenderam muito sobre si mesmos nesta luta. Tenho certeza que deram um passo muito, mas muito importante em suas vidas.

Mas não pude deixar de ver a contida dor de muitos outros alunos. Eles também viveram a luta pelos outros vivida. Porém, neste dia de festa não puderam manifestar que também são campeões. Que também venceram medos, que lutaram contra inimigos tão grandes a ponto de quase desfalecer durante a batalha e que tiraram força de onde às vezes ela sequer parecia existir. Voltando o olhar para o que construíram, poderão sentir que amadureceram muito, aprenderam coisas que somente o esforço e a determinação para alcançar algo ensinam. E tudo isso não dá para ser medido, mas sim sentido, tendo a certeza que foi feito o melhor – e foi feito mesmo – repito.

Seria tão bom expandir o fato de serem vitoriosos através dos símbolos externos do cabelo raspado ou da pintura no rosto. Mas, perante esta impossibilidade, que fique guardado em seu coração o tesouro imperecível do amadurecimento e da sabedoria, além da certeza de que entre a infinidade de acontecimentos daquilo que chamamos vida, uma grande surpresa aguarda a todos aqueles que sinceramente procuram o melhor para si.
À vocês, meus também sinceros PARABÉNS!!!!!

sábado, 3 de fevereiro de 2007

Eles estão SEM destino...

Acabei de ver no blog Querido Leitor esta foto. Dá para deixar qualquer um extremamente triste e sentindo-se impotente. O pior é pensar no que está para vir e em outras coisas mais que ainda rolam em outras esferas de acontecimentos...

Quer ver a notícia inteira? Daily Mail



Desculpem-me por fazer este post tão contraditório - tristeza e alegria, mas temos uma prova irrefutável do aquecimento global na imagem abaixo:

Link

As joaninhas e sua relação com as ruas da cidade

Estou curtindo um momento muito significativo em minha vida. Vivenciando um trabalho novo em uma cidade nova e, chego cada vez mais à conclusão que todos nós devemos fazer isso em vários momentos de nossa carreira profissional. Óvio que há perdas, ganhos e uma saudade do que vivemos anteriormente entremeada com a movimentação interior que as coisas novas nos proporcionam.
Hoje precisei me deslocar para um ponto da cidade para mim desconhecido e fiz de uma senhora a minha guia. Eu estava no ponto de ônibus e perguntei a ela sobre o "tal endereço".
- Eu não deveria lhe passar esta informação - disse-me muito educada.
Ao ver minha surpresa, misturada com "cara de porquê" ela explicou-se:
- Na antiga União Soviética as pessoas autorizadas e capacitadas para dar informações eram funcionários do governo e eles faziam isso com profissionalismo.
Quase disse a ela que não se preocupasse, caso não soubesse o endereço, mas fiquei calado escutando.
- Eu me preocupo se darei a você a melhor informação - falou séria.
Tive vontade de dizer a ela que, mesmo errando um pouquinho, sua informação seria bem vinda. Veio-me à mente dizer-lhe que eu era um colecionador de joaninhas e que, caso errasse o caminho, poderia tentar contemplar alguma nos jardins das casas, mas não me atrevi, por a senhora falava sério e estava pensativa.
Agradeci e disse-lhe que tinha um guia na mochila e que iria pesquisá-lo, coisa que não tinha feito por preguiça. Enderecei-lhe um sorriso e continuei caminhando.

Não pude deixar de pensar como será que essa senhora foi criada e que mensagens seus pais lhe passaram. O erro faz parte de nossas vidas. Claro que devemos nos precaver em relação a ele , mas uma vez que ocorra, o melhor a fazer é buscar algo que ele sempre nos traz: aprendizado.
Certa vez um professor disse-nos em aula que errar era uma forma maravilhosa de conhecer-se, uma vez que ele delineava os nossos limites. Algo como: "Até aqui caminhei com segurança, daqui para lá não sei andar direito"...

Atravessei algumas ruas pensando naquela senhora até que, em um jardim muito florido, vislumbrei uma joaninha e, parecendo uma criança, dei uma risada da coincidência, continuando meu caminho...

Paparazzi

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

O pão de queijo

Final de tarde.

Saí do colégio apressado e querendo voltar logo para casa.

Somente uma imposição antes de iniciar a viagem: eu precisava me reabastecer.

Passei em frente a uma pequena padaria e entrei, uma vez que a vontade de ficar vivo incitava-me a enfiar algum alimento em minha boca para que ele sofresse então os efeitos da digestão e pudesse me restabelecer a visão, que neste momento já estava turva e falhando (que exagero!!!).

Peguei um refrigerante e vi um pão de queijo enorme, pronto para ser deglutido. Resolvi perguntar se o mesmo era gostoso – só não sabia que eu me dirigia à dona do local, que havia nascido em Minas e ainda por cima era de família típica de produtoras de pão de queijo – conforme vim saber depois.


Ela não se ofendeu com a pergunta, mas também não respondeu.

Pegou o enorme pão de queijo e colocou dentro do saquinho, sem perguntar se eu o levaria e estendeu-me o embrulho dizendo em um tom bem sério:

- Várias gerações de minha família foram alimentados com este pão de queijo. Você vai levá-lo de graça e, se gostar, volte aqui e me pague.

- Eu não podia falar nada, pois qualquer coisa que dissesse seria um atrevimento contra gerações de mineiros. Simplesmente agradeci e fui embora.

Ao virar a esquina dei a primeira mordida... a segunda... e devorei o pão de queijo.

No dia seguinte voltei e paguei por tudo o que ele me proporcionou, e posso dizer que foi barato.

Dizem por aí que temos que correr atrás de sonhos, pois cheguei à conclusão que, em certas padarias, o melhor mesmo é procurar no balcão um bom pão de queijo...

Todos vão atrás de seu destino...

Uns com muito ímpeto...



Outros sonhando alto, grande e comprido...



Mais alguns que fazem da sua busca um terror...


E há os que dão desculpas...