sábado, 13 de janeiro de 2007

Já fui sequestrador

Depois de passado tanto tempo percebo que foi um impulso que nos motivou a realizar aquilo. Alguém disse: é agora! E todos, sem pensar nas conseqüências, começaram a agir.
Claro que tínhamos um conhecimento prévio do local e dos costumes dos moradores da casa. Não estávamos de maneira nenhuma agindo no escuro ou sem segurança do sucesso da operação. Porém sempre vacilávamos em relação à data, mas naquele dia foi diferente.

Já havia anoitecido e, apesar da rua ser um pouco movimentada, tudo foi tão rápido que ninguém percebeu. A vítima não teve sequer chance de escapar à nossa investida. Nossa ação foi orquestrada: enquanto um estacionava o carro, um outro abria o porta-malas e nós três a levávamos para dentro do mesmo. Fechada a tampa, parecíamos cinco jovens conversando em volta de um automóvel e o barulho da rua abafava qualquer tentativa de chamar a atenção de dentro do porta-malas.

Causamos um transtorno grande. Aquele ente querido convivia com a família há mais de 25 anos. Perceberam a sua falta no outro dia pela manhã, uma vez que sua rotina incluía passar a noite fora de casa.
O que nos levou a tal ato? Uma causa ideológica que me reservo no direito de não revelar. Posso parecer vil mas afirmo que não me arrependo de nada do que fiz, apesar de ter sido um instrumento a serviço da dor alheia.

2 comentários:

Anônimo disse...

Nossa....fiquei curiosa!!!
uahhuauua
Beijos

Anônimo disse...

Nossa, qto mistério! Medo! medo!
hauhauhauha